sábado, 9 de junho de 2012

Otárias



A palavra "otária" deriva do grego e quer dizer "orelha pequena". As focas verdadeiras, da família dos Focídeos, são ditas "sem orelhas", o que é a pura verdade. Essa carência de orelhas entre os pinípedes não lhes afeta a audição, aliás, seu sentido é o mais desenvolvido. Além disso, possuem olfato bom o bastante para permitir a caça na águas profundiais, aonde chega pouca luz.
"Otárias", recebem este nome por terem pavilhões auditivos externos, embora sejam pequenos e rudimentares. Esses animais elevam o corpo do solo quando se deslocam em terra e se apoiam sobre as nadadeiras anteriores e posteriores. Dividem-se em dois grupos: os leões ou lobos-marinhos e os ursos-marinhos. Os primeiros são os maiores animais desse grupo. Os ursos-marinhos são muito parecidos, mas diferem dos leões-marinhos pela pelagem interior, muito mais abundante e sedosa e pelo focinho mais pontiagudo.




A otária, cuja existência tem sido ameaçada pela caça intensiva, está hoje protegida em muitas regiões. O seu pêlo espesso e brilhante é castanho, preto ou cinzento e, às vezes, pode ter uma combinação destas três cores. A otária tem a testa alta e o focinho mais pronunciado que outras espécies (como a foca da Califórnia). De pescoço longo e musculoso, a otária tem cauda curta e pés alongados que servem de remo.
Várias centenas de milhares destas focas vivem ao largo das costas da África, Nova Zelândia, Austrália e ilhas Galápagos. As otárias não são migratórias, mas empreendem longas viagens de até 1 300 km em busca de alimento.
Em novembro, na época do acasalamento, as otárias reúnem-se em grandes grupos (cinco ou dez fêmeas formam um harém). Após uma gestação de onze meses, nascem os filhotes, geralmente um único por ninhada (pesando cada um cerca de 7 kg).

Porque a otária opta por se ''colar'' ao tubarão?
As otárias não vêem algumas tonalidades mas conseguem distinguir com grande precisão todos os pormenores, incluindo os dentes afiados do tubarão-branco. Perante a inevitável perseguição, as otárias têm duas hipóteses: ou nadam em ziguezague para despistar o predador ou optam pela táctica 'no tubarão', que consiste na maior aproximação possível do dorso do predador. Embora esta opcção nem sempre seja bem sucedida, o facto é que o tubarão não  consegue se distanciar da otária, de modo a capturá-la, o que o leva a desistir.


Mais em: http://www.webciencia.com/14_foca.htm#ixzz1xJ5WMtcw

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